São Paulo não precisa de um novo estádio

É um absurdo o que está acontecendo em São Paulo. Ontem, mais de 60 mil pessoas foram ao estádio do Morumbi assistir ao show de Bon Jovi, banda de rock americana com mais de 30 anos de carreira.

E a dona Fifa afirma que o estádio não tem condições para sediar a abertura da Copa do Mundo. Por conta dessa autoritária decisão, teremos que construir um palco novo para o evento, financiado pelo BNDES (isso porque não haveria investimento público), no longínquo bairro de Itaquera. Aliás, um dos problemas do Morumbi é o acesso, já que fica difícil chegar ao estádio nos horários de pico. Imagine em Itaquera!

Parece claro o interesse de quem deseja a construção deste novo elefante branco. Os nomes envolvidos inspiram pouca ou nenhuma confiança. Não precisamos citá-los, todos já sabem quem são os pais deste projeto, incluindo gente do mais alto escalão.

Ontem, saiu o alvará para as obras do Palestra Itália. Quem diria, o Parque Antártica terá condições de sediar a Copa e o Morumbi não. Lembro-me quando era mais novo, lá por meados dos anos 90, e todos os jogos decisivos eram no Morumbi, pois reunia mais condições de segurança. Não era raro clássico dar mais de 100 mil pessoas.

Pelo menos, o show foi bom. E na próxima vez que Bon Jovi voltar ao Brasil, tocará em Itaquera. Será?

A volta do sapo gordo

A coisa pegou fogo no Palmeiras e o fim do departamento de futebol, promovido pelo inconsequente Salvador Hugo Palaia, pode significar a volta de Mustafá Contursi nas próximas eleições para a presidência.

Isso porque o grupo da situação, que já não se mostrava tão unido, rachou de vez. Palaia quer formar um conselho gestor, mas o cenário é tão ruim que Seraphim Del Grande, um dos convidados para integrar tal grupo, já antecipou à Folha de S. Paulo que não topará.

Palaia lança agora sua candidatura para as eleições de 2011. Del Grande, Gilberto Cipullo e Genaro Marino articulam uma antecipação do retorno de Luiz Gonzaga Belluzzo à presidência. E ainda estamos distantes quatro meses da eleição para o novo presidente.

Com a situação em frangalhos, quem se fortalece é a oposição, comandada pelo sapo gordo e representante das forças do mal, Mustafá Contursi, presidente do rebaixamento à Série B.

Na última eleição, Belluzzo teve que juntar forças com Palaia para vencer o mal, mas com o rumo que as coisas estão tomando, uma nova união seria impossível, pelo menos nesse momento.

O Palmeiras está rachado por causa das disputas políticas e parece que não há nenhuma solução a curto prazo. Pobre do torcedor que fica tendo que aguentar Tadeu, Luan, Pierre, Edinho...

E o pior pode ainda estar por vir.

Mais do mesmo

O Palmeiras fechou nesta noite a contratação de Dinei, atacante que estava no Atlético-PR. Com 26 anos, o atleta tem uma carreira extensa com passagens por “grandes” times como Bragantino, Ferroviária e Noroeste. Além disso, jogou no Guaratinguetá, Vitória, Celta-ESP e Tenerife-ESP. Ou seja, não dá para esperar muita coisa.

Dinei fez um bom Campeonato Paulista pelo Gauaratinguetá em 2008, quando o clube chegou a disputar a semifinal, mas caiu contra a Ponte Preta. Por sinal, o Palmeiras foi campeão naquele ano batendo o time campineiro na final. No Vitória chegou até a fazer algumas boas partidas, mas nada que enchessem os olhos de alguém.

O novo contratado vem para compor um grupo que já conta com outros atacantes como Kleber, Ewerthon, Tadeu, Luan, Patrik e Vinícius. Parece até um ataque de riso a quantidade de jogadores e a falta de qualidade dos mesmos.

E nesse marasmo de bom futebol, Dinei vem para ser mais um, não tem condições de roubar uma vaga na equipe titular de Kleber ou Ewerthon. E, sejamos sinceros, nenhum dos dois é grande coisa. Kleber tem alma, é um guerreiro, mas trata-se de um jogador limitado. Ewerthon tem uma imensa dificuldade com a linha de impedimento, mas consegue fazer uns golzinhos. Dinei acabará sendo o primeiro reserva.

O Palmeiras não pode se dar ao luxo de queimar tantas contratações. A situação financeira do clube vai de mal a pior e ficar pagando salários para um monte de jogadores “mais do mesmo” não contribui em nada.

Dinei será apenas mais um para ser hostilizado pela torcida, que não costuma poupar aqueles que não correspondem dentro do campo. Tomara que eu queime a língua, mas será difícil Dinei emplacar. Pelo menos, o Max foi embora.

Cinco motivos para ver o Palmeiras atual

Depois do jogo de ontem contra o Vasco, a conclusão é que os jogos atuais do Palmeiras, por mais incrível que pareça, podem ser úteis em algumas ocasiões.

1° Para quem tem filho indo mal na escola
Em primeiro lugar, ver o Palmeiras jogar, hoje em dia, é pior do que ficar trancado no banheiro de castigo (se o castigado for um adolescente, ele pode gostar de ficar lá). A partida é tão monótona que a criança vai perceber que existem coisas bem mais chatas que estudar.

2° Para aqueles que têm insônia
Como não há lances de gol e a partida fica se arrastando por 90 minutos, dá um sono danado. Ver o jogo do Palmeiras é como tomar Lexotan, mas natural.

3° Para quem foi traído pela namorada
Pense: pelo menos o Ricardão não é jogador do Palmeiras. Ser traído por qualquer um daqueles pernas de pau seria motivo para suicídio.

4° Para quem perdeu um ente querido
Quem viu Palmeiras e Vasco tem certeza que do lado de lá há coisas mais interessantes a se fazer do que ver essa peleja, mesmo que seja descansar em paz.

5° Para quem é palmeirense de verdade
Afinal de contas, o Palmeiras, mesmo jogando como está, é a musa dos nossos olhos e o amor de nossas vidas.

O que acontece no Palmeiras?

Passou o jogo contra o Vitória, mais um show de horrores em Salvador. Uma apresentação parecida com a que o time teve contra o Guarani, em Campinas, ou contra o Vasco, em São Januário. As coisas vão de mal a pior e não há nenhum motivo para acreditar em melhora. Há algumas questões inexplicáveis dentro do Palmeiras.

A primeira: como que o Pierre é titular desse time e ídolo da torcida? Há muito tempo, o jogador só faz faltas e absolutamente mais nada. O adversário pega a bola e não sabe para quem passar, Olha para frente e percebe que o marcador é o Pierre. O que ele faz? Para e espera a falta, sabe isso acontecerá. E o pior, acontece mesmo. Lá vem bola para área do Palmeiras.

Segunda: o que aconteceu com o Vítor, lateral direito que veio do Goiás? Por duas edições, ele foi eleito o melhor ala do Campeonato Brasileiro. Virou reserva no Parque Antártica e quando entra, como foi o caso ontem, é de dar pena – ou raiva – o futebol apresentado. Nenhuma jogada, nenhum cruzamento, não marca, não ataca. Nada!

Terceira: o Maurício Ramos é mesmo aquele grosso que conhecemos. Maior símbolo da sua habilidade foi a rebatida de canela contra o Cruzeiro, que acabou no primeiro gol azul. Não tem ninguém melhor que ele lá?

Quarta: Tadeu! Meu Deus, o que é aquilo? O Tadeu parece que tem as pernas engessadas. Os joelhos não dobram, apesar que, por mais incrível que pareça, ele mostrou categoria no gol de empate de ontem. Mas ele não pode jogar no Palmeiras. O Tadeu só não é pior que o Max porque é impossível alguém conseguir essa proeza. Como esse jogador veio parar no Palmeiras?

Essas são apenas algumas questões. Acredito que teremos mais nos próximos posts.

Mais uma decepção

Deu gosto ver o primeiro tempo do Palmeiras ontem, contra o Cruzeiro, no Pacaembu. O time brigou, dominou o adversário e mostrou qualidade.

Em cinco minutos, conseguiu marcar dois gols, entre os 14 e os 19 minutos. No primeiro, Fabrício sofreu pênalti e Kleber marcou. Depois, Maurício Ramos ampliou de cabeça em uma cobrança de escanteio, jogada que está bem ensaiada. Sensação de goleada no Pacaembu.

No segundo tempo, Cuca, o técnico cruzeirense, colocou Roger no lugar de Gil. O Cruzeiro passou a sufocar o Palmeiras, que sofria sem saída de bola. Felipão demorou a ver o jogo e, em apenas 20 minutos, os mineiros chegaram à igualdade.

Mas como tudo o que é ruim pode piorar, ainda mais quando se trata de Palmeiras, aos 40 minutos o estreante Farías decretou a virada azul.

Mais uma decepção para o torcedor palmeirense que compareceu em massa ao Pacaembu (21.560 pagantes).

Na quarta-feira, o Palmeiras pega o Vitória fora de casa. Há motivos para ficarmos esperançosos?

Mais um que reclama de salários atrasados

A coisa está feia mesmo pelos lados do Palestra Itália. As últimas dão conta que o meia Lincoln cobrou a diretoria por carta por causa de pagamentos atrasados.

Lincoln não é o primeiro a reclamar. Marcos Assunção também já havia dito em uma entrevista sobre atrasos que ocorrem no Parque Antártica.

Domingo, o time enfrenta o Cruzeiro no Pacaembu. Será que esses problemas financeiros podem interferir no desempenho dos jogadores? Pelo isto nos jogos contra Atlético-MG e Fluminense, não.

Vamos esperar para ver.

A estreia de Valdívia e a falta de emoções

Após a estreia de Valdívia, não há ainda como tirar qualquer tipo de conclusão sobre a volta do meia. De qualquer forma, a identificação que o chileno possui com a torcida é algo impressionante e já deu para perceber o espírito de luta e entrega do atleta. Por isso que o palmeirense o adotou de forma tão apaixonada em sua passagem anterior.

Do mais, Palmeiras e Guarani fizeram um jogo ruim, chato mesmo. Poucas chances de gols, nenhum destaque individual ou coletivo. Alguma reclamação de arbitragem, Felipão se sentindo perseguido e nada mais que isso.

Aliás, essa tem sido a tônica do time no Brasileirão. Não é por acaso, que o Palmeiras é a equipe que mais empatou até o momento. E normalmente, as partidas têm sido frias, sem emoção. Parece que por isso a classificação contra o Vitória foi tão comemorada, uma vez que havia muito sentimento represado por jogadores e torcedores.

Depois de tantos anos, sigo cético em relação a esse time. Vamos ver onde ele pode chegar, mas por enquanto, trata-se de uma incógnita.

Para voltar a acreditar

De volta aos velhos tempos! Novamente, sinto-me feliz em escrever sobre o Palmeiras, que tem judiado bastante de nos torcedores nos últimos anos. Com exceção do Paulistão 2008 é claro.

Mas agora, com Felipão, Valdívia e Kleber, além de outros nomes menos famosos, mas que pode ser úteis, como Luan e Rivaldo, dá para ter esperança novamente. Sinceramente, não serve mais apenas brigar pelos títulos, temos que ganhar. Afinal de contas, sempre estamos chegando entre os primeiros e caindo no final. O Palmeiras virou o autêntico cavalo paraguaio.

Apesar do começo pífio de Felipão, três empates e uma derrota em quatro jogos, temos a impressão de que alguma coisa mudou. Contra o Corinthians, no último domingo, o time brigou muito e foi melhor que o rival, apesar de ter criado poucas chances reais de gol.

Avante Palmeiras!

O Palmeiras e o Brasil de Dunga

Ao contrário da grande maioria de amigos meus que ficam secando o Dunga e a seleção, vou na direção contrária e afirmo, mesmo não tendo nenhum palmeirense no time, que torço pelo Brasil.

Os santistas podem reclamar das ausências de Neymar e Ganso. Corintianos queriam Roberto Carlos. Fãs do São Paulo, Miranda. Ainda em Minas Gerais tinham os atleticanos pedindo Diego Tardelli, no Rio de Janeiro os fluminenses gritando por Fred... e o Palmeiras?

Do Palmeiras, no atual elenco, não tem nenhum jogador que pudéssemos pedir a sua convocação. Nenhum!

E olha que no meu pouco mais de 32 anos de vida, vi o Brasil vencer a duas Copas do Mundo: 1994 e 2002. Na primeira, a seleção tinham dois palmeirenses entre os titulares: Mazinho e Zinho. No time de Felipão, São Marcos era o titular debaixo das traves. Hoje...

E o palmeirense não pode culpar o Dunga. Qual jogador do Palmeiras poderia estar na África do Sul?

Por isso, torço para o Brasil sem qualquer mágoa ou dor de cotovelo.

Em tempo

O Palmeiras comprou Tadeu. Você o conhece bem? Nem eu.